Crescimento, impacto econômico e desafios do associativismo de proteção veicular no Brasil
- EP NEWS - Alex Pimenta

- 5 de out.
- 2 min de leitura

Com milhões de veículos protegidos e faturamento bilionário, as associações de proteção veicular enfrentam desafios de escala, regulação e confiança pública.
O setor de proteção veicular no Brasil mostrou expansão significativa nos últimos anos. Com o associativismo crescendo como alternativa ao seguro, o segmento não só mobiliza capital como também gera empregos e oferece opções para motoristas.
Panorama de crescimento
Estima-se que existam mais de 4,5 milhões de veículos protegidos por cerca de 687 associações de proteção veicular. SEGS+1
O faturamento anual do setor varia entre R$ 7,1 bilhões e R$ 9,4 bilhões. SEGS+1
Geração de empregos indiretos nos serviços associados: atendimento, oficinas mecânicas, rastreamento, tecnologia, logística de reparos, entre outros. Flow Assessoria
Barrreiras estruturais e desafios operacionais
Infraestrutura desigual — em muitas regiões, especialmente no interior ou nas periferias urbanas, existe falta de acesso fácil a oficinas de confiança ou assistência 24h.
Confiança e transparência — casos de associações com reclamações relacionadas a demora de atendimento, descumprimento de regulamento ou negociação dificultosa em sinistros. A percepção pública de risco ainda pesa.
Competição com seguros tradicionais — que já têm respaldo regulatório estabelecido e confiança de longo prazo. Para alguns consumidores, o diferencial de preço não compensa se o risco de não indenização for percebido como alto.
Adaptação à regulação — com a nova lei, associações precisam adequar processos, auditorias, registros e obrigações legais, o que exige investimento.
Oportunidades e tendências para o futuro
Investimento em tecnologia — sistemas de gestão, apps de acionamento, rastreamento, transparência digital de contas, para aumentar a confiança dos associados.
Mercado de nicho — oferecer proteções específicas (caminhões, frotas, veículos comerciais, motocicletas) pode ser uma forma de crescimento.
Parcerias institucionais e de governos locais — concursos públicos, licitações municipais ou convênios para ampliar assistência nos municípios mais remotos.
Educação do consumidor — campanhas que informem o que a lei estabelece, os direitos, riscos e melhores práticas na escolha de proteção veicular confiável.
Análise:
O associativismo em proteção veicular está em momento de maturidade política e regulatória, com forte potencial de crescimento, mas sua consolidação depende de transparência real, capacidade técnica e adaptação às novas normas. As entidades que se transformarem de alternativas informais em organizações com processos sólidos tendem a liderar o setor. Para o consumidor, a melhor prática será sempre escolher entidades com histórico claro, regulamento público e que cumpram o novo marco legal.
Fontes:
SEGS Portal Nacional de Seguros — “Associativismo no Brasil: Crescimento do setor impulsiona o desenvolvimento de associação de proteção veicular em Minas Gerais”. SEGS
Flow Assessoria — “Proteção Veicular no Brasil: Regulamentação, Crescimento e Vantagens do Associativismo”. Flow Assessoria
Proteção Veicular: Nova lei regula e impõe regras para associações e cooperativas — SBT News. SBT News







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